Publicado por Associação de Violão do Rio de Janeiro Av-Rio em Sábado, 7 de dezembro de 2019

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Tivemos o prazer de receber o multi-instrumentista Nicolas de Souza Barros, que apresentou em 07-12-2019 um recital com obras brasileiras oitocentistas e da Belle Époque originais para piano e arranjadas para violão, assim como o rico repertório celta para violão acústico (com cordas de aço).  Entre os destaques: as obras para teclado de Padre José Mauricio Nunes Garcia (1767-1830), o nosso maior compositor da primeira metade do século XIX;  Il Neige! (A neve!)  de Henrique Oswald e Romance de Arthur Napoleão; 3 movimentos da primeira suíte para alaúde de Bach; novos arranjos de Nazareth, uma inesgotável fonte para a música brasileira. Finalmente, o surpreendente repertório e afinações da tradição celta, tocadas em um belo instrumento de cordas de aço.

 

PROGRAMA

 

Música Brasileira do século XIX

Padre José Mauricio Nunes Garcia (1767-1830)

Fantezia 5

Lição de Solfejo 9 (Parte 2)

Lição de Solfejo 4 (Parte 2)

 

Bartolomeu Bortolazzi  (1772-1846)

Fandango    (“A Spanish Dance for the Guitar”)

 

A Belle Époque Brasileira

Henrique Oswald (1852-1931)

Il Neige

 

Arthur Napoleão (1843-1925)

Romance (Op. 71, No. 1)

 

  1. S. Bach (1685-1750)

Suíte BWV 996 para alaúde

  1. Preludio e Presto
  2. Allemande

III. Bourrée

 

Suíte Ernesto Nazareth (1863-1934)     

Quebradinha (polca própria para serenatas; 1899)

Laço Azul (valsa; c. 1911)

Brejeiro (tango; 1893)

 

Música celta para violão acústico 

Turlough O’ Carolan (1670-1738)

Blind Mary / Bonny Jeane

 

  1. Souza Barros (1956) / T. O’ Carolan

Captain O’ Kane

 

Stephen Wake                                                       –

Loch Ness

Return to Kintail / Caliope House /   The Humours of Tula

 

 

Nicolas de Souza Barros

Doutor em Música (UNIRIO – 2008), Nicolas de Souza Barros é um dos mais conceituados especialistas do país em instrumentos eruditos de cordas dedilhadas, como o violão de oito cordas, alaúdes variados e a guitarra barroca. É Professor Titular de Violão Clássico e matérias conexas da UNIRIO; muitos dos seus orientandos tornaram-se posteriormente professores de instituições federais e estaduais de terceiro grau. Já se apresentou em diversos países europeus e americanos, assim como nos principais centros brasileiros. Em 2017, assumiu a Coordenação do Mestrado Profissional em Música da UNIRIO (PROEMUS) e no ano seguinte, tornou-se Professor Titular da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, defendendo a tese “Affordances e novos protocolos de arranjo aplicados a 100 Sonatas de Scarlatti”.

 

Em 2014 e 2015, lançou os CDs Ernesto Nazareth por Nicolas de Souza Barros e Ravel e Debussy – Imagens e em 2017, Chora Violão!, todos com arranjos autorais próprios para o violão de oito cordas. Participou duas vezes no Circuito Nacional SESC Sonora Brasil: em 1997, no lançamento do projeto, com o conhecido conjunto de música antiga Quadro Cervantes (2 CDs); e em 2009, no Violão Brasileiro, realizando 87 concertos (violão solo) em 23 estados brasileiros. Já trabalhou como músico convidado e arranjador em várias minisséries da TV GLOBO. Desde 2001, é o Diretor Artístico da Associação de Violão do Rio (AV-Rio), ajudando a organizar centenas de eventos e três CDs coletivos. É comumente chamado para tocar com orquestras nacionais e lecionar em festivais de música no Brasil e no estrangeiro.

 

Já apresentou-se com a Orquestra Petrobrás, a Baltimore  Symphony Orquestra (EUA), a Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a Orquestra Sinfônica Nacional (Niterói), a Academia Antiqua (uma das primeiras orquestras barrocas brasileiras) e a Orquestra da UNIRIO, entre outros. Realizou estreias nacionais e mundiais de concertos para violão e orquestra de Francisco Mignone, Ronaldo Miranda (Concerto para Quarteto de Violões e Orquestra), J. Orlando Alves, Mario Castelnuovo-Tedesco e Luiz Otávio Braga, também estreando obras para violão solo de Edino Krieger, Pauxy Gentil-Nunes, Ricardo Tacuchian, H. Dawid Korenchendler, Luiz Otávio Braga, Marcelo Rauta e Marco Pereira.