Mulheres ocupam maior parte dos cargos de gestão do TRF2

Publicado em 12/06/2017

Segundo o relatório sobre o Desenvolvimento Humano da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2017, o Brasil ocupa o 92º lugar dos 159 países do ranking de igualdade de gênero, conforme o Índice de Desigualdade de Gênero (IDgG), que retrata as diferenças de oportunidades entre homens e mulheres no acesso à saúde reprodutiva, ao empoderamento e atividade econômica.

Através desse levantamento, foi apontado que, no Brasil, as mulheres recebem 25% a menos que os homens. Além disso, 56,3% das mulheres acima de 15 anos estão no mercado de trabalho, enquanto que, no caso masculino, esse porcentual sobe para 78,5%.

Em virtude dessa disparidade, há uma demanda cada vez maior da sociedade brasileira nas questões relativas à igualdade de gênero. A pesquisa do Ibope e da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgada também este ano, diz que 75% dos brasileiros consideram de grande relevância que gestores e legisladores desenvolvam políticas de promoção da igualdade entre mulheres e homens. Considerando-se apenas as mulheres, o número cresce para 78%, enquanto que entre os homens é de 71%.

Atento à relevância dessa tema, o TRF2 realizou um levantamento para analisar a distribuição por gênero da força de trabalho no Tribunal (magistrados, servidores, terceirizados e estagiários), além da ocupação de cargos de alta gestão.

Análise da força de trabalho do TRF2

O levantamento dos dados abaixo foi realizado em abril de 2017, considerando o público interno do Tribunal.

Ao se considerar toda força de trabalho, nota-se que o número de mulheres é superior ao número de homens.

Força de trabalho pizza

Esse percentual superior é puxado pelo número maior de servidores do sexo feminino em relação ao masculino, seguido pelo mesmo comparativo entre os estagiários, conforme gráfico seguinte. No caso dos terceirizados, a expressividade de homens é principalmente atribuída à área de segurança, alocando maior quantidade da força de trabalho – as mulheres estão mais concentradas na área de serviços gerais.

No caso dos desembargadores, apesar da porcentagem do sexo masculino ser significativa, essa comparação tende a se equilibrar ao longo dos anos, uma vez que tem ocorrido um aumento gradativo de ingressantes mulheres no quadro de juiz federal substituto da 2ª Região (vide notícia sobre magistrados aprovados no concurso).

Força de Trabalho

Ademais, percebe-se que, no TRF2, as mulheres ocupam mais de 60% dos cargos em comissão (atribuições de direção, chefia e assessoramento), diferenciando-se do panorama brasileiro, onde os cargos de alta gestão, em sua maioria, são ocupados por homens.

Cargo em comissão

Já em relação à situação funcional dos servidores, nota-se que as mulheres têm maior expressividade nos grupos referentes aos requisitados (vínculo com a Administração Direta ou Indireta) e aos sem vínculo (sem vínculo com a Administração Pública), enquanto que, nos funcionários do quadro de pessoal do TRF2, há uma distribuição equilibrada entre homens e mulheres.

Categoria dos servidores

Ao analisar os dados de forma ampla, verifica-se que a igualdade de gênero já é realidade no TRF2, onde as mulheres vivenciam uma situação mais democrática e positiva em relação à sociedade brasileira de maneira geral. Na instituição, é constatado que não há discriminação quanto à ocupação de cargos de chefia, evidenciando, assim, uma Administração que valoriza e promove o empoderamento da mulher.

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