Operação Lei Seca no TRF2

Publicado em 04/05/2010

        Cidadania e, mais especificamente, a responsabilidade moral que cada cidadão tem em relação aos demais membros da comunidade foram o mote do evento realizado pelo TRF2 na sexta-feira, 30 de abril. Na data, o subsecretário de Estado de Governo do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Lopes, falou sobre as ações e o sucesso da Operação Lei Seca nas vias das cidades fluminenses.
        Coordenador geral do projeto lançado pelo governo estadual em março de 2009, Carlos Alberto Lopes começou sua palestra apresentando dados animadores: de abril do ano passado até março de 2010, a ação de fiscalização com o chamado “bafômetro” evitou que 4.875 pessoas se transformassem em vítimas do trânsito, com ferimentos, mutilações e mortes. A informação é do Grupamento de Socorro de Emergência do Corpo de Bombeiros (GSE), que fez um comparativo com o número de acidentes computados no mesmo período, entre 2008 e 2009.
        O diretor geral do TRF2, Luiz Carlos Paixão, fez a abertura da palestra. Para a plateia repleta, composta principalmente por servidores e estagiários do Tribunal, ele destacou a “seriedade e eficiência dessa política pública que tem salvado tantas vidas e recebido reconhecimento nacional e internacional”.  Já o encerramento ficou a cargo do presidente da Corte, desembargador federal Paulo Espirito Santo. O magistrado contou que já fora parado em uma blitz da operação e elogiou o profissionalismo e  o comportamento  adequado dos policiais e servidores que atuaram naquele episódio: “Fiz questão de não me identificar como autoridade e pude observar o preparo e a cortesia com que as pessoas que trabalham na fiscalização abordam os cidadãos, indistintamente”, afirmou.
        Segundo Carlos Alberto Lopes, a orientação é aplicar o que diz o artigo quinto da Constituição Federal: todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. E, para isso, o subsecretário considera como um dos pontos principais do sucesso da empreitada a escolha criteriosa do pessoal: “Os policiais que atuam no projeto foram escolhidos a dedo. Tiveram suas fichas funcionais e suas vidas investigadas e passaram por um extenso processo de seleção. Na Operação Lei Seca não há a menor chance de suborno ou carteirada”, defende.
        Segundo Carlos Alberto Lopes, uma outra estratégia de que a coordenação do programa tem lançado mão com bons resultados é  a participação de vítimas de acidentes de trânsito provocados pelo álcool. Bruno Dutra, que ficou paraplégico aos 19 anos quando a motocicleta que conduzia bateu na traseira de um caminhão, atua distribuindo panfletos e prestando seu depoimento, como alerta para as pessoas jamais se sentarem ao volante após ingerir bebidas alcoólicas. O acidente foi há dez anos, quando o jovem de Niterói (região metopolitana do Rio de Janeiro) cursava o ensino médio. Ele relata que havia bebido durante toda a madrugada de domingo e, quando o dia amanheceu, foi direto do bar para a escola: “Não sei se o caminhão me fechou ou se eu dormi enquanto pilotava. Fraturei três vértebras. Tento passar para as pessoas a importância de agir com responsabilidade ao dirigir. Tem sido muito bom ver que o esforço tem valido a pena”.

Luiz Carlos Paixão (à esquerda) e Carlos Alberto Lopes
Luiz Carlos Paixão (à esquerda) e Carlos Alberto Lopes
 
Bruno Dutra (à frente)
Bruno Dutra (à frente)

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