Presidente do TRF2 fala sobre pesquisa e desenvolvimento na Amazônia, em evento do Exército e do CCJF

Publicado em 09/07/2019

O presidente do Tribunal Regional Federal – 2ª Região (TRF2), desembargador federal Reis Fride, palestrou no III Ciclo de Estudos de História Militar da Amazônia sobre o tema “Floresta amazônica: ainda um inferno verde ou um paraíso ameaçado?”. O evento foi realizado no dia 5 de julho pela Diretoria de Patrimônio Histórico e Cultural do Exército e pelo Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército, em parceria com o Centro Cultural Justiça Federal Justiça Federal (CCJF), que sediou o encontro. A iniciativa contou com o apoio do Comando Militar da Amazônia e do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.

O título da apresentação de Reis Fride faz referência ao da coletânea de contos de Alberto Rangel publicada em 1908, com prefácio de Euclides da Cunha. O engenheiro e escritor usou a expressão “inferno verde” em referência à vastidão de selva, que, no imaginário popular, seria repleta de perigos representados pela fauna selvagem, riscos de doenças tropicais e tribos hostis. Para o desembargador, o senso comum que mantinha a riqueza amazônica inacessível às regiões mais urbanizadas do Brasil começou a ser vencido com iniciativas científicas e culturais do Exército.

Reis Fride destacou, em sua fala, a importância do Projeto Rondon, iniciado em meados da década de 1960, que integrou jovens universitários em ações de pesquisa e desenvolvimento socioeconômico em localidades isoladas do território nacional. A primeira atividade do projeto realizado pelo Exército brasileiro com alunos e professores da antiga Universidade da Guanabara (hoje Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Uerj) ocorreu em julho de 1967, justamente na Amazônia, no então território de Rondônia.  “O grande mérito do Projeto Rondon foi o de desfazer equívocos arraigados em alguns setores acadêmicos, tanto sobre a realidade social e cultural desses rincões, quanto sobre os programas desenvolvimentistas que vinham sendo implementados pelo governo federal”, ressaltou o palestrante. Ele também discorreu acerca do trabalho das Forças Armadas na proteção, preservação e pacificação de conflitos na área de 5,2 milhões de quilômetros quadrados que se estende por nove estados brasileiros e onde vivem 23 milhões de pessoas.

Além de palestrar, o presidente Reis Fride compôs a mesa de abertura do III Ciclo de Estudos de História Militar da Amazônia, que também foi integrada pelo diretor geral do CCJF, desembargador federal Ivan Athié, pelo general de divisão Carlos Alberto Mansur, pelo chefe do Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército e presidente do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, general de brigada Márcio Tadeu Bettega Bergo, e pelo coronel e pesquisador Maya Pedroza.

 

Desembargador Reis Fride fala sobre pesquisa e desenvolvimento na Amazônia, em evento do Exército e do CCJF
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