TRF2 e SJES descerram placa de homenagem ao Laboratório de Inovação, instalam Gab. Representação e Usina Fotovoltaica
Publicado em 17/10/2018
O presidente do TRF2, desembargador federal André Fontes, e a diretora do foro da Seção Judiciária do Espírito Santo (SJES), juíza federal Cristiane Conde Chmatalik, realizaram na tarde de hoje (17/10) evento que marcou três projetos em curso na SJES com o apoio do Tribunal.
O primeiro projeto é o do Laboratório de Inovação. Inaugurado no dia 25 de maio de 2018, o laboratório promove um ambiente propício ao surgimento de ideias que poderão fazer a diferença na Justiça. Na ocasião, o desembargador André Fontes discorreu, em vídeo, acerca da importância da iniciativa. Segundo o magistrado, o Laboratório de Inovação tem tudo para “ser uma referência para o Judiciário brasileiro”.
O laboratório foi instituído no âmbito do Programa de Gestão e Inovação (INOVES), criado pela Portaria JFES-POR-2017/00086, de 27 de outubro de 2017 e funciona com um time de inovação (i-Team), composto por servidores que vêm sendo formados para atuarem como laboratoristas, trabalhando de forma colaborativa, prontos a auxiliarem nas demandas que surgirem.
O Laboratório de Inovação conta com instalações próprias e equipamentos para estudos, pesquisas, oficinas, desenvolvimento de projetos e programas, com uso de metodologia e técnicas colaborativa, visando a apoiar a gestão na solução de problemas complexos. O seu paradigma é o Laboratório de Inovação em Governo – iJuspLab, da Seção Judiciária do Estado de São Paulo (SJSP), inaugurado em 2017.
O Laboratório de Inovação da SJES funcionará vinculado à àrea de capacitação da SJES, podendo ser utilizado por todos os setores da Diretoria do Foro, magistrados e servidores interessados, mediante agendamento prévio.
Na solenidade de hoje, foi descerrada placa em homenagem a essa realização.
O segundo projeto é o da instalação da Usina Fotovoltaica. Desenvolvido em 2017 pelo Núcleo de Obras e Manutenção, a usina prevê o fornecimento de energia ‘limpa’, utilizando a luz solar, para a sede da Seccional capixaba.
A Seção Judiciária do Espírito Santo (SJES) instalou paineis de energia solar no estacionamento de sua sede, em Vitória, com o objetivo de reduzir o consumo de energia elétrica. Dos paineis, a energia passa por um sistema que a torna disponível nas tomadas. De acordo com o diretor do Núcleo de Obras e Manutenção da Justiça Federal do Espírito Santo, engenheiro Carlos Chaves Damásio, a expectativa é de gerar uma economia mensal de R$ 7,5 mil, o que representa R$ 90 mil por ano. A previsão é que o valor investido na construção da usina seja recuperado em cinco anos – o custo do sistema foi cerca de R$ 460 mil – e que a duração da usina seja de 25 anos.
A SJES utilizará o sistema “grid-tie”, no qual a energia produzida pela usina e que não é utilizada pode ser vendida para a Espírito Santo Centrais Elétricas (EDP Escelsa), empresa responsável pelo fornecimento de energia no Estado, retornando para a rede e gerando um crédito imediato na conta de energia da Justiça Federal, hoje na faixa dos R$ 100 mil.
“A energia gerada pelas placas passa por diversos cabos em eletrodutos subterrâneos e é enviada para uma central. Lá, esse conjunto de cabos se une, injetando a energia gerada pela usina no quadro geral, onde ela passa a ser consumida imediatamente ou retorna para a EDP Escelsa. O funcionamento da usina, portanto, é conjunto com a energia fornecida pela concessionária de energia”, explicou Carlos Damásio. Dessa forma – continuou -, “a energia produzida pela usina nos fins de semana, por exemplo, quando não há expediente, é vendida para a EDP Escelsa, gerando o abatimento no valor a ser pago no fim do mês para a concessionária de energia”, destacou.
A utilização da usina fotovoltaica permitirá a redução de despesas correntes da Justiça Federal, para fazer frente à restrição orçamentária proposta pelo Governo Federal. “Em 2016 a Justiça Federal do Espírito Santo teve um corte de 28% no orçamento. Logo em seguida, com a Lei do Teto, esse orçamento reduzido passou a ser a base para os anos seguintes. Como nós já éramos eficientes, esses cortes representaram ajustes, renegociações de contratos e inclusive alguns sacrifícios, como o desligamento do ar condicionado às 18h. Em resumo, o total da economia chegou a R$ 6 milhões por ano”, esclareceu a diretora do Foro da Justiça Federal do Espírito Santo, juíza federal Cristiane Conde Chimatalik. Outra vantagem do projeto – continuou – “foi a oportunidade de capacitação de nossa equipe técnica, que desenvolveu o projeto internamente, contanto com grande apoio da EDP Escelsa, o que permitirá a troca de experiência com vários órgãos interessados no tema, como o TRF4, JFRJ, TCES, TRT, IFES, entre outros.
Por fim, o dia 17 de outubro também foi marcado pela inauguração do Gabinete de Representação da Presidência do TRF2 na sede da Seccional, em Vitória.
Em discurso, o presidente do TRF2 ressaltou que as iniciativas da SJES representam um “passo certeiro no caminho do futuro”. Isso mostra – continuou – “a unidade interna, a coerência da instituição, da Seção Judiciária do Espírito Santo, que é motivo de aplausos e referência, modelo, paradigma para o Brasil inteiro”. Sobre a inauguração da Usina Fotovoltaica, especificamente, o magistrado considerou que “a maneira como foi resolvido o problema aqui prova que todos estão juntos para um fim comum”, ressaltou.