CineDebate


Sessão HISTÓRIA E NEGRITUDE

TRABALHO, CLANDESTINIDADES, DIREITO À VIDA E À TERRA

 

13 de agosto, terça
às 17h – exibição de filmes
às 19h – debate

local
Cinema

valor
Gratuito

Senhas distribuídas
30 min antes

 

classificação indicativa A12 (12 anos)

 

 

Sinopse

> MOSTRA 60 X 6 (Cinedebate)

Ciclo de encontros cinematográficos mensais que, a partir da Ditadura Militar, provocam reflexões sobre temas imbricados em nossa sociedade até hoje. Sempre na 2ª terça-feira de cada mês.

Os bate-papos ocorrerão após a exibição dos filmes, transversalizando os debates e enriquecendo com a troca de experiências.

Serão debatidas questões como história, gênero e desigualdade social/racial no contexto da repressão e do terror de Estado, embasando a curadoria para os encontros.

> Sessão HISTÓRIA E NEGRITUDE – TRABALHO, CLANDESTINIDADES, DIREITO À VIDA E À TERRA

Da escravatura à subserviência, a resiliência é moeda comum para a sobrevivência das classes mais pobres do Brasil. Como prosperar sem reincidir no círculo perverso, poluente e vicioso que promove marginalização e o extermínio — mais ou menos silencioso —, e que nega o direito da população a uma vida digna?

Programação

 

17h- Exibição de Filmes

  • “INCONTÃVEIS. [Episódio 1]: Trabalhadores na ditaduraâ€
    (Ano: 2021. Duração: 13’. P&B/ Cor. 14 anos)

    • Sinopse: “Trabalhadores na ditaduraâ€, 1° episódio da série Incontáveis, busca descrever os impactos da ditadura sobre os trabalhadores do campo e da cidade. Aborda temas que vão desde a política econômica e o arrocho salarial e seus efeitos sobre condições de vida da classe trabalhadora até casos frequentes de vigilância política, intervenções e repressão aberta contra sindicatos, movimentos de trabalhadores, lideranças camponesas e operárias. O narrador é Jardel Leal, ex-operário naval e economista do DIEESE, que foi preso durante a ditadura.
    • Realização: Comissão da Verdade e Memória – UFRJ
  • “CADÊ HELENY?â€
    (Ano: 2022. Duração: 29’. Cor. 16 anos)

    • Sinopse: Heleny Guariba, filósofa, professora e diretora de teatro brasileira foi desaparecida em 1971 pela ditadura militar. Ponto a ponto, foto a foto e lembrança a lembrança, as arpilleras, arte têxtil popular que surgiu no Chile como resposta aos horrores da ditadura de Pinochet, revelam o que não podia ser dito com palavras.
    • Direção: Esther Vital
  • TIBÉRIO
    (Ano: 2023. Duração: 7’30â€. P&B/ Cor. 12 anos)

    • Sinopse: Wilson Tibério, importante pintor e pioneiro em retratar o cotidiano de seu povo negro em suas obras, assiste em uma nova tela a sua trajetória.
    • Direção: Clementino Júnior
  • SERVIDÃO
    (Ano: 2024. Duração: 72’. P&B/ Cor. Livre)

    • Sinopse: Com narração da artista Negra Li, Servidão é um contundente registro sobre uma das maiores mazelas do Brasil. Para o longa-metragem, foram ouvidos trabalhadores rurais escravizados em frentes de desmatamento do Norte do Brasil e abolicionistas de diferentes vertentes. A lei Ãurea aboliu a escravidão clássica, que dava direito de propriedade e comércio dos escravizados, mas não transformou as relações de trabalho, que perduram até os dias de hoje.
    • Direção: Renato Barbieri

19h – Debate

  • Participação de Renato Barbieri, Clementino Júnior, Wolney Malafaia, Maíra Marinho e Dario Gularte.

Ficha técnica

Organização e Curadoria: Dario Gularte

Realização: Domínio Público Agência Cultural

Apoio Institucional: Centro Cultural Justi̤a Federal РRJ

Minibios

DARIO GULARTE

Dario Gularte é roteirista e diretor cinematográfico. Dirigente da Domínio Público Agência Cultural, trabalha em parceria com diversas instituições públicas brasileiras nas esferas federal, estadual e municipal com vistas ao desenvolvimento de projetos de produção, distribuição e exibição de conteúdos nacionais e latino-americanos no Brasil e no exterior. Em sua trajetória, já dirigiu associações de classe, organizou e participou de encontros nacionais e internacionais do setor audiovisual. Atuou como curador de mostras e festivais, jurado em comitês de seleção e consultor de políticas públicas, incluindo a disseminação do audiovisual brasileiro e latino-americano.

RENATO BARBIERI

Cineasta e diretor de criação da GAYA Filmes. Diretor, produtor e roteirista, começou a dirigir em 1983, na produtora Olhar Eletrônico (SP), coletivo que marcou a cena do vídeo nos anos 1980. Dirigiu, entre outros “Atlântico Negro – na Rota dos Orixás†(1998), “A Invenção de Brasília†(2001), “Terra de Quilombo – Espaços de Liberdade†(2002), “A Revolta dos Cabanos†(2014), “Guerra da Independência na Bahia†(2015), “Cora Coralina – Todas as Vidas†(2016) e a série “Lendas Animadas†(2017), dentre outros títulos. Recentemente, lançou os longas “Pureza†(ficção, 2022) e “Servidão†(doc, 2024), ambos sobre o trabalho escravo contemporâneo na Amazônia.

CLEMENTINO JUNIOR

Cineasta, educador audiovisual e ambiental, doutor em educação, professor da PUC-Rio, pesquisador do GEASur e fundador do CAN – Cineclube Atlântico Negro (desde 2008) e CineGEASur (desde 2016), cineclubes com programação e debates com cinema da diáspora africana e das lutas pelos direitos humanos respectivamente.

WOLNEY VIANNA MALAFAIA

Bacharel em Direito (UERJ), bacharel e licenciado em História (UFRJ), mestre em História Social (PPGHIS/UFRJ), doutor em História, Política e Bens Culturais (Cpdoc/FGV), professor titular de História do Colégio Pedro II; coordenador do curso de especialização em Ensino de História do Colégio Pedro II; ex-presidente da Federação dos Cineclubes do Estado do Rio de Janeiro (FCERJ) no período 1984-1988 e 1990-1992.

MAÃRA MARINHO

Pré-candidata a vereadora pelo MST do Rio de Janeiro. Nascida e criada na Taquara, na Zona Oeste. É uma jovem professora, educadora e militante dos movimentos sociais. Mestre e doutoranda em História pela UERJ. Tem como principais bandeiras a luta contra a fome, defesa da educação, juventude, mulheres e combate o racismo.

Apoio

COALIZÃO BRASIL POR MEMORIA, VERDADE, JUSTIÇA, REPARAÇÃO E DEMOCRACIA.

COMISSÃO DA VERDADE E MEMÓRIA – UFRJ