Em semana de homenagens à mulher, STJ lança programa Equilibra*

Publicado em 12/03/2019

Iniciativa será coordenada por uma comissão permanente voltada ao estudo de políticas de gênero e análise de dados

 

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, lançou na segunda-feira (11) o programa Equilibra, voltado à implementação de políticas destinadas à participação feminina no tribunal. O evento inicia uma semana de atividades destinadas às mulheres.

Segundo o ministro Noronha, o programa será coordenado por uma comissão permanente voltada ao estudo de políticas para as mulheres e análise de dados. A comissão também será responsável pela organização de eventos e por propor medidas de conscientização e aprimoramento das condições de trabalho das mulheres, incentivando sua maior participação no tribunal.

“Por meio do Equilibra, daremos continuidade e perenidade à política de participação institucional feminina”, disse. O lançamento contou com a presença da representante interina da ONU Mulheres Brasil, Ana Carolina Querino, e dos ministros Raul Araújo e Moura Ribeiro.

Mudança de comportamento

Ana Carolina destacou que o STJ possui um alto percentual de mulheres em cargos de liderança, o que não é comum na realidade no Poder Judiciário. A iniciativa do programa, segundo ela, representa “um compromisso institucional do STJ de promover ações de empoderamento feminino”. A representante da ONU Mulheres Brasil afirmou que por meio de parcerias como a firmada no dia 28 de fevereiro, com a adesão do tribunal ao Movimento ElesPorElas (HeForShe), será possível alcançar a igualdade entre homens e mulheres.

Em sua fala, o ministro Noronha destacou que o Judiciário tem um importante papel, não só de garantir a proteção e a igualdade às mulheres, mas também “de ser copartícipe da inclusão efetiva delas em todos os espaços formais de poder, permitindo-lhes atuar juntamente com os homens nas tomadas de decisões da sociedade brasileira”.

Para ele, é necessária uma mudança no comportamento de toda a sociedade brasileira. “Nós precisamos educar o jovem brasileiro, para que ele não só pregue, mas haja com respeito. A educação precisa avançar, e muito, em relação ao respeito às mulheres”, ressaltou.

O ministro lembrou os atos normativos publicados no dia 8 de março que tiveram o intuito de fortalecer a participação feminina no tribunal: “Sabemos que um bom ambiente, que reconheça e respeite as diferenças, é imprescindível para que se assegure o direito à igualdade entre homens e mulheres. O STJ, ao longo de sua história, tem investido em instrumentos que minimizem as dificuldades encontradas pelas mulheres”.

Mulheres Artistas

O lançamento do programa coincidiu com a abertura da exposição Mulheres Artistas do STJ. Servidoras foram convidadas a expor produções próprias, como pinturas, fotografias e cerâmicas. As obras podem ser vistas até 15 de março, no salão de recepções do tribunal.

O evento contou ainda com duas apresentações musicais: na primeira, a servidora Iraci Guimarães cantou árias de óperas como La Boheme, Carmen e Madame Butterfly. Depois, a servidora Gabriela Batista Rodrigues cantou composições de Cássia Eller e Aretha Franklin.

*Fonte: STJ

 

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