Fundo escuro pontilhado fracamente de branco dividido em três colunas verticais. Na primeira coluna, à esquerda, a foto do que parece ser uma pedra preciosa, mas é um sabonete Phebo desgastado, na cor marrom. Ao centro, a foto de um sabonete Phebo na cor verde, também desgastado pelo uso. E à direita, a foto de um sabonete Phebo azul, desgastado pelo uso. As 3 imagens fazem lembrar monolitos de pedras preciosas perdidos no céu escuro.

artista
Rogério Reis

curadoria
Evandro Salles

Abertura: 11 de junho às 15h
Período de visitação: de 11 de junho a 14 de agosto de 2022
Horário: de terça a domingo das 11h às 19hs
Local: Galerias do 1° andar
Visita mediada: informações

 

Apesar de fortemente influenciado por sua larga experiência em fotodocumentação jornalística, o fotógrafo Rogério Reis escapa do óbvio ao produzir diálogos sobre as questões urbanas da cidade do Rio de Janeiro. Seu olhar nos traz fotos de caráter conceitual, que nos aproximam do objeto retratado. Fotos do cotidiano extraordinário que nos encantam, assombram, divertem, mas também desnudam a realidade de um cotidiano, de resto, despercebido.

A mostra dá continuidade ao novo programa expositivo do CCJF, o estruturaPoema. Com essa proposta, o CCJF abre espaço para produções inovadoras no campo da arte visual contemporânea, disponibilizando um novo local para exposições, exclusivamente dedicado a trabalhos de arte sonora e poema visual, com a curadoria de Evandro Salles, curador do CCJF.

O que você vai ver!

Uma visão panorâmica do trabalho do fotógrafo Rogério Reis com fotos, ensaios, vídeos e objetos expostos no percurso das seis salas do primeiro andar do CCJF.  Nessa atual montagem o público terá a oportunidade de ver trabalhos novos do período pandêmico – alguns inéditos – e outros, ressignificados  especialmente para essa mostra.

 

Foto em preto e branco. Ao fundo, o céu. Uma foto tirada de cima para baixo mostra, em primeiro plano, sobre o teto de um trem, dois jovens de bermudas, com as camisetas enroladas na cabeça, como turbantes, a fim de esconder cabelos e face.  Foto de uma praia num dia cinza. Na beira do mar, 4 mulheres de roupa de banho sentadas de frente para o mar e de costas para o fotógrafo. Tapando a parte de trás de suas cabeças, cada mulher tem um círculo de cor diferente: amarelo, azul, vermelho e verde  Foto em preto e branco. Dos lados esquerdo e direito da foto, várias pessoas – homens, mulheres, crianças – observam, sorrindo ou curiosos – um homem vestido e maquiado inteiramente de mulher, peruca preta, vestido de gala comprido e com babados, luvas de festa longas e pretas. O homem está à frente de uma lona.

 

Formado em Comunicação Social na Universidade Gama Filho, trabalhou como fotógrafo no Jornal do Brasil, O Globo e Veja. Foi editor de fotografia do Jornal do Brasil de 1991 a 1996 e  desde 2000 edita o Tyba, site especializado em fotografias da cena brasileira.

Em 2002 sua fotografia do poeta Carlos Drummond de Andrade na praia de Copacabana (1982) foi reproduzida em bronze como estátua (Leo Santana) e instalada no mesmo local onde a foto foi feita.

Neste mesmo ano (2002) inspirou e emprestou seu nome ao personagem do fotógrafo no filme Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, baseado no livro do escritor Paulo Lins.