A AVENTURA DE CHRISTUS NÓBREGA
NA CHINA
curadoria
Christus Nóbrega
visitação
13 de abril a 30 de junho
terça a domingo das 11h às 19h
visitas mediadas
mediante agendamento
clique aqui
local
Galerias de exposição
do 2º andar
valor
Gratuito
visitas mediadas
abertura
13 de abril às 15h
palestra do educativo
com professores
12 de abril às 17h
palestra com artista
e curadora
13 de abril às 16h
> Sala de sessões
palestra com convidados
14 de abril às 15h
> Sala de sessões
Sinopse
As obras que pertencem à mostra consistem de oito séries que transitam entre as linguagens de fotografia, performance e desenhos feitos com GPS.
Esta é uma exposição itinerante. Já percorreu BrasÃlia, Belo Horizonte e Curitiba. É, agora, instalada no Rio de Janeiro, no Centro Cultural Justiça Federal, em uma nova versão, com adições e modificações.
O que vemos nesta mostra é a narrativa visual de uma viagem empreendida pelo artista Christus Nóbrega à Pequim, na China, em 2015. O artista parte para uma aventura de tradução poética sobre o que foi vivido durante a residência artÃstica realizada na Central Academy of Fine Arts, CAFA, a convite do Ministério das Relações Exteriores, onde esteve como o primeiro artista brasileiro convidado a estar ali, produzindo.
Nesse processo de aproximação com o lugar, espaço da polÃtica, da economia e da sociedade, mas também das mitologias, o artista transformou-se e acabou por incorporar-se aquela cultura, tornando-se parte da narrativa fantástica: recebeu de presente o nome Lóng pèn sẽn que, em português, significa Dragão Floresta Abundante.
Nóbrega começou a sua reflexão sobre o paÃs ainda no Brasil, antes de iniciar a viagem. Além de deixar entrever questões compartilhadas pela atualidade global, como gênero, modos de produção de trabalho e meio-ambiente, que não escapam ao olhar do artista contemporâneo, adotou algumas fontes literárias e culturais como fios condutores para a produção.
As referências escolhidas aprofundaram os mitos e ajudaram no amálgama com a realidade vivida, tornando-se motivações para produzir. São elas: a enciclopédia chinesa chamada de Empório Celestial de Conhecimentos Benévolos, citada no ensaio O Idioma analÃtico de John Wilkins, por Jorge Luis Borges que, por sua existência duvidosa, tornou-se alvo de um ‘performance-peregrinação’ do artista à s bibliotecas de Pequim; o I-Ching, ou o Livro das Mutações, um livro-oráculo, que tem suas origens na antiguidade; os escritos Diário de um louco , de 1918 e A pipa, de 1925, ambos de autoria de Lu Xun, poeta, escritor, editor, tradutor e crÃtico literário, reconhecido como o mais proeminente escritor chinês do inÃcio do século XX, e ainda, pesquisa em publicações diversas sobre caligrafia.
Os binômios paisagem/cidade; inovação/manutenção atravessadas pela ideia de temporalidade, junto aos interesses de Christus Nóbrega, que estão presentes em seu corpo de trabalho – constituÃdo por outras vivências, relacionadas à infância e ao seu contexto de origem – foram molas propulsoras para elaborar o conceito curatorial e a expografia. Neste universo estão o livro, a biblioteca, a renda, o recorte, a reprodutibilidade e as tecnologias apropriadas, como modos de fazer originários de um determinado grupo.
Os trabalhos que estão em exposição, e a forma como estão dispostos no espaço, são resultados de operações cruzadas que envolvem somas, divisões, multiplicações e subtrações que integraram o processo de investigação de Christus Nóbrega durante a residência, uma situação em que o artista se depara com as circunstâncias postas pelo lugar, agindo e reagindo a partir de um histórico prévio e daquilo que surge, permitindo que, ao final do processo, revele-se um universo visual pleno de camadas discursivas.