exposição

A imagem é uma reprodução de faíscas de fogo, algumas com formatos circulares como pontos de luz destacados. No todo, parecem fogos. A impressão é que a foto foi tirada em movimento. Sobre as cores, o amarelo, laranja e vermelho se sobressaem. O fundo é marrom.artista
Vicente Mello

curadoria
Marília Panitz e Aldones Nino

visitação
13 de abril a 30 de julho

terça a domingo, das 11h às 19h

visitas mediadas
mediante agendamento
clique aqui

local
Galerias de exposição
do 1º andar

valor
Gratuito

 

classificação indicativa AL (livre)

 

visitas mediadas
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abertura
13 de abril às 15h

palestra do educativo
com professores
12 de abril às 17h

palestra com artista
e curadores
13 de abril às 17h
> Sala de sessões

palestra com convidado
14 de abril às 16h

Sinopse

O IPAC – Instituto de Pesquisa e Promoção à Arte e Cultura apresenta ao público a obra inovadora do fotógrafo, ensaísta e curador Vicente de Mello, artista paulista, radicado no Rio de Janeiro e cidadão do mundo. Em Toda Noite, o fotógrafo exibe ao público 12 séries complexas e que se valem de diversos materiais, desde filmes, equipamentos fotográficos, sucatas, pedras e vegetais.   O interesse do artista está voltado, sobretudo, para a luz, o tempo e a ideia de fragmentação. Toda Noite é um panorama da obra deste artista de 55 anos de idade, que tem trabalhos premiados e expostos desde os anos 90.

 

Agenda - atividades extras


12 de abril, às 18h horas

O professor, historiador e artista plástico Carlos Lin coordena uma oficina para professores.

13 de abril, às 16h horas

Os curadores Marília Panitz e Vicente de Mello recebem convidados para um bate-papo sobre Toda Noite.

14 de abril, às 15h horas

O artista Vicente de Mello recebe o curador Frederico Coelho para uma conversa sobre os desafios da  produção cultural.

As séries

A série que abre Toda Noite, Limite Oblíquo_,_ mostra uma subversão do ato de  fotografar que marca toda a exposição. Partindo de uma coleção de objetos deixados na areia pelo mar, Mello dispõe esses elementos sobre uma superfície iluminada e os captura em alto contraste. O resultado é uma abstração poética, outro traço do artista, que também se vale da palavra.

Em Noite Americana, Mello apresenta uma sequência de fotos de interiores e paisagens urbanas feitas em condições precárias de iluminação. Predominam contra-luzes, imagens escuras e com pouca definição. Nos ambientes vazios há vestígios de que alguém esteve ali, como lençóis amarrotados, uma televisão ligada ou um fio de luz entrando pela porta. O conjunto remete ao clima de mistério do cinema noir dos anos 1950.

Na série Galáctica, outra série presente na mostra, o artista expõe luminárias, lustres e neons como se fossem corpos celestes. Ao trabalhar a luz como tema, Mello adota o ideário modernista de que a arte deve se voltar para seus próprios meios. Isolando os objetos de seus contextos originais, ele cria imagens abstratas que colocam em contradição a ideia de fotografia como documento ou como meio de reprodução fiel de cenário.

A exposição

As séries expostas em Toda Noite são Limite Oblíquo, com registros fotográficos feitos a partir de material orgânico;  Monolux, que se vale de materiais de uso cotidiano; em In Orbit vemos fotogramas de pedras que parecem asteroides;  Strobo é uma obra que utiliza câmera digital de bolso; Vermelhos Telúricos mostra cópias fotográficas no formato de molduras de slides de várias paisagens do mundo; Slidetrip  é uma homenagem ao tempo das projeções domésticas de slides; Noite Americana tem fotos em preto e branco; Galáctica registra luminárias; Moiré, mostra o Sol de Pequim através de uma cortina; Silence City fala sobre o tempo; Brasília Utopia Lírica é uma reflexão sobre meta-arquitetura; Herbária mostra 10 inversões de imagem de fragmentos de plantas  e Fugitivo é uma instalação feita a partir de latas de transporte de filmes dos anos 60.

A curadoria

A curadoria de Toda Noite é de Marília Panitz e Aldones Nino.

Marília Panitz é mestre em arte contemporânea, teoria e história da arte pela Universidade de Brasília (UnB). Desde 1994, Marília Panitz atua como pesquisadora e coordenadora de programas educativos em exposições, foi diretora do Museu de Arte de Brasília (MAB) e do Programa de Bolsas de Pesquisa MAB/MinC para jovens artistas. Desde 2001, trabalha com projetos de curadoria.

Aldones Nino é Curador – Adjunto de Collegium (Arévalo, Espanha) e Assessor de Educação e Formação do Instituto Inclusartiz (Rio de Janeiro, Brasil). Doutorando em Historia y Arte pela Universidade de Granada em cotutela com o programa de Pós Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em História Política e Bens Culturais pela Fundação Getúlio Vargas (RJ-2018).

A Direção de produção de Toda Noite é de Daiana Castilho Dias, diretora da 4 Art Produções Culturais, empresa especializada em artes visuais, e presidenta do IPAC- Instituto de Pesquisa e Promoção à Arte e Cultura.

O artista

Vicente Mello (São Paulo, 1967). É formado em comunicação social, publicidade e propaganda pela Universidade Estácio de Sá, tendo se especializado em história da arte e arquitetura no Brasil na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Mello concilia investigações sobre elementos específicos da fotografia com questionamentos de caráter intimista. Possui ensaios sobre o corpo humano, paisagens, objetos e ambientes privados, mas seu interesse está voltado, sobretudo, para a luz, o tempo e a ideia de fragmentação.

Vicente de Mello trabalhou no Departamento de Fotografia do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM-RJ, de 1989 a 1998. Tem sua pesquisa fotográfica, apresentada desde 1992, com a criação de séries como: Topografia Imaginária (1994 -1997), Os Negativos Estão em Meu Poder (1992 – 2016), Moiré (1995), Noite Americana (1998 – 2014), Bestiário (1997), Vermelhos Telúricos (2001 – 2016), Galáctica (2000 – 2016), Herbária (2009), Slidetrip (2001 2013), O Cinematógrafo (2009 – 2015), Quantas ASAS tem um Pixel? (2007 – 2105), Strobo (2009), Pli Selon Pli (2010), Orquestra de Trombones (2010), Silent City (2012), Lapidus (2013), Opere (2013), Sete Dias (2014), Ultramarino (2015), Fugitivo / Pequod (2015), Zoom Cabinet (2106), Notlim Olhetob (2106). Em 2007, foi ganhador do Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhor exposição de fotografia do ano em São Paulo, na Pinacoteca do Estado, com a mostra moiré.galáctica.bestiário / Vicente de Mello – Photographies 1995-2006. Em 2012, foi o primeiro brasileiro a ser convidado a participar da residência de artista no Espace Photographie Contretype, em Bruxelas, Bélgica. Apresentou a série Silent City, resultado dessa residência, em maio de 2013, nas galerias da Contretype e no livro Bruxelles à l’ infini. Em 2015, foi ganhador do Prêmio Centro Cultural Banco do Brasil Contemporâneo, apresentando a instalação Ultramarino.

Sua obra faz parte da coleção de espaços como o Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Museu de Arte Moderna de São Paulo, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a Fundação Daros, a Fundação Cartier e a Coleção José Roberto de Figueiredo Ferraz.