Maria Helena Cisne é homenageada em sua última sessão antes da aposentadoria

Publicado em 02/05/2014

   

 

A desembargadora federal Maria Helena Cisne presidiu na quarta-feira, 30 de abril, a sua última sessão de julgamento na 8ª Turma Especializada do TRF2. Ela se aposenta da magistratura após 30 anos vestindo a toga. Maria Helena Cisne entrou na carreira após prestar concurso para juiz federal, em 1984. Quando foi promovida para a segunda instância, em 1995, ela era titular da 14ª Vara Federal do Rio de Janeiro. No Tribunal, além da atuação judicante, a desembargadora foi corregedora regional de 2001 a 2003, e presidente da Corte, de 2011 a 2013.

Ao encerrar a sessão, Maria Helena Cisne recebeu uma comovida homenagem de seus colegas de Turma, os desembargadores federais Vera Lúcia Lima e Marcelo Pereira da Silva e o juiz federal Marcelo Granado, da representante do Ministério Público Federal, procuradora Maria Helena Nogueira de Paula, e de vários servidores que a acompanharam por grande parte de sua trajetória, como julgadora e administradora.

“Tenho certeza de que a senhora sai com o sentimento de dever cumprido. A senhora não fez mais do que semear a bondade, a ternura, o respeito e a admiração entre seus pares, seus funcionários e os jurisdicionados. Foi para mim, como sei que foi para todos, uma grande honra ter usufruído do seu convívio profissional e pessoal. Foi um grande aprendizado, especialmente, observar como vossa excelência é capaz de ser firme, sem jamais ser rude, sem jamais abdicar da brandura nas palavras e nas atitudes”, afirmou Vera Lúcia Lima, na ocasião.

A delicadeza constante foi a característica da homenageada mais ressaltada, em todas as falas. A assessora de juiz Maria Gorety Morgado, que se pronunciou em nome dos servidores, ressaltou também a preocupação permanente em fazer justiça e em conciliar as divergências como legado da magistrada: “Lembro bem de um episódio, envolvendo um protesto de funcionários grevistas de uma fundação federal, que já ameaçava descambar para a violência. A senhora não pensou duas vezes, foi ter pessoalmente com os manifestantes e conseguiu, com muito esforço, acalmar os ânimos. Depois, conversando, a senhora me disse que achava que, se não tivesse feito isso, poderia ter ocorrido uma tragédia. Essa história, para mim, ilustra bem o caráter de vossa excelência e o ensinamento que a senhora deixa de que justiça se faz com coragem, sensibilidade e bom-senso”.