1ª Jornada do Meio Ambiente da Justiça Federal começou com palestra de Giuliana Morrone sobre “O mundo real da ESG”*

Publicado em 05/06/2023

O Fórum da Justiça Federal na Av. Venezuela sediou, no dia 01/6, a abertura da 1ª Jornada do Meio Ambiente da Justiça Federal, com intensa participação dos inscritos. A Jornada – que foi aberta ao público presencialmente e transmitida também ao vivo pelo Zoom – é resultado da ação integrada dos órgãos que compõem a Justiça Federal da 2ª Região e tem programação que se estende até o dia 20 de julho. O Sisejufe – Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no RJ – apoiou a iniciativa. O evento deste ano integra o calendário de ações educativas do programa ReciclaJus, campanha de sustentabilidade promovida de forma permanente em toda a JFRJ.

Estiveram presentes à cerimônia o diretor do Foro da JFRJ, juiz federal Eduardo André Fernandes, a diretora da Secretaria Geral, Luciene Dau Miguel, a presidenta do Sisejufe, Eunice Barbosa, magistrados, estudantes, gestores administrativos e demais servidores.

Abertura oficial

O presidente do TRF2, desembargador federal Guilherme Calmon Nogueira da Gama, abriu oficialmente o evento por meio de um vídeo gravado, em que cumprimentou os participantes, em especial o diretor do Foro, juiz federal Eduardo André Fernandes. O presidente fez questão de destacar a ação da juíza Ana Carolina Vieira de Carvalho, que “atua de forma incisiva nas questões ligadas ao tema na 2ª Região”. Ele lembrou que, mesmo decorridos mais de 30 anos da edição da Constituição Federal, “ainda se constata uma série de violações aos diretos do meio ambiente”. O desembargador Guilherme Calmon aproveitou a oportunidade para anunciar a criação do Fórum de Direitos Humanos e Fundamentais da 2ª Região, no qual a questão da preservação ambiental se encontra inserida, e disse que a Jornada do Meio Ambiente será a primeira de várias outras na Justiça Federal. Ele afirmou ainda que “apenas com o debate, a discussão, a troca de boas práticas e experiências é que se pode avançar na agenda ambiental”, concluiu.

Logo na sequência, o diretor do Foro da SJRJ, juiz federal Eduardo André Fernandes, cumprimentou os participantes e ressaltou o importante papel do Judiciário Federal na solução das demandas nacionais ligadas ao meio ambiente e no atendimento à população. O diretor do Foro afirmou ainda a importância de dar o exemplo “de dentro para fora” e disse que considera o processo eletrônico adotado pela Justiça Federal – e a consequente eliminação do uso do papel – como um excelente exemplo de gestão ambiental. Eduardo André falou também da importância da energia solar como medida de preservação ao meio ambiente. “Nossa prioridade é trocar a energia elétrica que consumimos pela energia solar. A Justiça Federal tem condições de se tornar um exemplo para todo o serviço público neste assunto”, declarou.

ESG – Governança Ambiental, Social e Corporativa

Giuliana Morrone descreveu brevemente sua trajetória profissional como jornalista e como pesquisadora de negócios sustentáveis e especialista em ESG, formada pela PUC/RJ, com diversas experiências, no Brasil e no exterior. Ela contou ainda que, mesmo ao longo de 30 anos de jornalismo político, sempre foi uma estudiosa do tema sustentabilidade.

Giuliana explicou aos participantes o significado de ESG – Environmental, Social and Governance – termo que nasceu nos Estados Unidos em 2004 e que pode ser traduzido como Governança Ambiental, Social e Corporativa e que se aplica, historicamente, ao ambiente corporativo, com a noção indispensável do lucro, mas apoiado no propósito e no compromisso com o meio ambiente. No caso das instituições públicas, o “lucro” passa a ser um conceito metafórico, que se reflete na qualidade do serviço prestado e no ambiente institucional como um todo. Os critérios de ESG estão alinhados aos dezessete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU.

As questões ambientais incluem temas como mudanças climáticas, uso da água, poluição e gerenciamento de resíduos. A questão social se traduz, por exemplo, no capital humano, na justiça social e na diversidade como valor. Já as questões de Governança dizem respeito à ética, à transparência e às estratégias de sustentabilidade adotadas pelas empresas ou instituições.

Ações positivas

Foram abordadas diversas situações em que as ações positivas, de preservação, estão ganhando o centro das discussões corporativas e institucionais, apesar de todos os desafios. E como é importante as pessoas estarem atentas aos hábitos simples de consumo, como evitar ao máximo o uso de produtos descartáveis e sobretudo de plástico, ainda que que esses produtos sejam recicláveis.

Giuliana encerrou sua participação dizendo que a principal preocupação das corporações no momento é a inclusão e a diversidade. Temas como etarismo, racismo e equidade de gênero estão no centro das discussões. Neste sentido, ela disse que observa com otimismo as ações assumidas pelo Judiciário recentemente. E registrou que ficou particularmente emocionada ao constatar essa política de diversidade aplicada na JFRJ, durante o próprio evento em que estava participando.

A última parte da palestra foi dedicada a uma rodada de perguntas e respostas, com intensa participação do público, inclusive pelo Zoom.

Veja AQUI os próximos eventos da Jornada do Meio Ambiente da Justiça Federal.

 

*Fonte: SJRJ

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