CCJF lança em 26/3 seu novo programa de exposições: estruturaPoema*

Publicado em 22/03/2022

O Centro Cultural Justiça Federal (CCJF) inaugura as exposições Todo Artista é um Impostor • Uma Antologia de Videopoemas de Lula Wanderley e Rezas Heterogêneas de Mayra Rodrigues, com curadoria de Evandro Salles, no próximo sábado, dia 26/3 às 15h.

Com essas mostras, o CCJF lança seu novo programa expositivo estruturaPoema, que propõe abrir espaço para produções inovadoras no campo da arte contemporânea, inaugurando um novo local para exposições, exclusivamente dedicado a trabalhos de arte sonora e poema visual.

As Exposições:

Lula Wanderley

 

 

“Todo Artista é um Impostor • Antologia de Videopoemas” reúne um conjunto de obras do artista Lula Wanderley que perfazem três décadas de produções videográficas e fotográficas. A obra de Lula é fortemente influenciada pelo universo das linguagens midiáticas, a TV, o cinema e a fotografia; bem como pela literatura experimental, particularmente o movimento do poema//processo do qual o artista foi próximo.

Usando a lógica da colagem como método e base de seu trabalho, Lula se apropria de imagens emblemáticas que habitam o imaginário popular, manipulando e transformando seu sentido: algumas vezes irrompe literalmente dentro da cena (como por exemplo no trabalho que dá título à exposição Todo Artista é um Impostor (2008) onde, substituindo Humphrey Bogart nos momentos mais dramáticos de Casablanca, contracena com a atriz Ingrid Bergman); outras vezes materializa magicamente metáforas como a frase dita por Nelson Rodrigues, “no futebol o pior cego é o que só vê a bola”. A partir dessa frase, o artista criou o título da obra: A Arte é o Futebol sem Bola (2002), no qual Lula Wanderley manipula as imagens de um gol extraordinário de Maradona contra a Inglaterra tirando a bola da sequência e revelando a fantástica dança do grande jogador no espaço do campo de futebol.

As paródias se sucedem em seus trabalhos de forma provocadora como no recém-finalizado vídeo Inquiet’Amor (2022) no qual substitui a fala das grandes artistas brasileiras Tarsila do Amaral, Lygia Clark, Lygia Pape e Clarice Lispector, em diferentes entrevistas, por reflexões dissonantes sobre o amor.

A mostra reúne 10 obras em vídeo de diferentes épocas, inúmeras fotografias, objetos e instalações. Ocupa quatro salas de exposição do primeiro andar do CCJF.

 

Mayra Rodrigues

 

 

“Rezas Heterogêneas” de Mayra Rodrigues percorre os caminhos da arte sonora, fazendo convergir som e visualidade na construção de obras de arte que transitam em distintas linguagens, fundindo e compartilhando suas diferentes potencialidades. Além de ocupar os espaços museológicos da instituição, o Salão de Sessões e sua sala anexa, a exposição inaugura no CCJF, uma nova sala expositiva inteiramente dedicada a produções de arte sonora.

Mayra Rodrigues, nesta mostra, apresentará três obras: Ista, para dobras e quinas, (2020), A religião industrial (2021) e O som e os sentidos (2021). Articulando texto, imagem e som, os trabalhos de Mayra Rodrigues desenvolvem leituras críticas e poéticas em torno de raízes e origens dos mitos sociais e ideológicos contemporâneos. Confrontam, através da imagem e do som, algumas vezes através de seu entrechoque, os ideários ocidentais construídos ao longo dos séculos e que perpassam (falsas) ideias e conceitos de progresso, indústria, desenvolvimento, fé, religião, entre tantos outros.

A curadoria das duas exposições é de Evandro Salles.

 

Serviço:
Abertura: 26 de março às 15h
Período: de 26 de março a 22 de maio de 2022
Horário: de terça a domingo das 11h às 19h
Endereço: Avenida Rio Branco 241 – Centro – Rio de Janeiro – RJ

*Fonte: CCJF

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