CJF: Conheça o perfil dos magistrados e servidores da Justiça Federal*

Publicado em 16/12/2014

        No último dia 10 de dezembro, o Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou uma série de relatórios com as opiniões e o perfil de servidores e magistrados de cada tribunal do país. É o segundo produto do Censo do Poder Judiciário, cujos resultados globais foram divulgados em junho passado. O levantamento, realizado no segundo semestre de 2013, teve a participação voluntária de 64% da magistratura e 60% dos servidores. Os relatórios inéditos traçam um diagnóstico individual de cada uma das 91 cortes brasileiras, além dos três conselhos superiores. 
        O objetivo do documento é fortalecer o momento de autoconhecimento da Justiça brasileira, pois está inserido nas expressivas transformações institucionais inspiradas nos novos paradigmas de gestão da sociedade contemporânea. A adesão dos magistrados foi bastante significativa, pois 64% (10.796) dos 16.812 magistrados em atividade prestaram informações.
        Os dados sobre a Justiça Federal, por exemplo, mostraram que a maioria dos magistrados federais é do sexo masculino (73,8%), contra 26,2% de mulheres. Já a idade média dos magistrados federais é de 41 anos. A grande maioria dos juízes federais (79,5%) é casada ou vive em união estável.
        No que se refere à cor e à raça dos juízes, apenas 0,1% são indígenas, 13,3% são negros e 86,6% são brancos.  Quanto à percentagem de magistrados com deficiência, o documentou mostrou que, na Justiça Federal, o número ainda é considerado muito baixo: apenas 0,5%. Em relação à classificação dos magistrados segundo a escolaridade, a pesquisa apontou que 0,7% possuem pós-doutorado, 7,3% doutorado, 40,1% mestrado e 28,6 % têm pós – graduação lato sensu.
        Para o conselheiro do CNJ Paulo Teixeira, responsável pelo Censo, o levantamento representa mais um avanço com relação à transparência e à modernização do Poder Judiciário. “Uma pesquisa como esta permite inúmeros detalhamentos, úteis a uma diversidade de objetivos institucionais. Dessa fonte, ainda podem ser retiradas muitas evidências de relevo para a melhoria das políticas judiciárias, sobretudo aquelas voltadas para o aprimoramento interno do Judiciário. Trata-se de verdadeira radiografia do nosso corpo profissional, que merece ser levada hoje ao conhecimento e ao debate público”, afirmou.
 
Servidores
 
        O Censo dos servidores contou com a participação de 60% dos servidores da Justiça Federal, o que significa que 170.746 servidores, do universo de 285.328, responderam a pesquisa. Desses, pouco mais da metade (50,3%) são mulheres e 49,7% são do sexo masculino.
        Quanto à situação dos funcionários por escolaridade, o documento apontou que 89,4% têm nível superior e pós-graduação, contra apenas 10,6% que não possuem. O percentual de servidores casados ou em união estável também é alto: 66,9%.
        De acordo com o documento, ao se considerar cor e raça dos servidores, 24% são negros e 76%, brancos. Já o percentual de portadores de necessidades especiais na JF chega a 2,7%. 
        O relatório mostrou ainda que, quanto ao tipo de vínculo, entre os servidores respondentes, 97,4% são efetivos, 2,2% são requisitados de outros Poderes e apenas 0,4% não possui vínculo. Sendo que 99,8% dos servidores efetivos ingressaram por concurso público.
 
Transparência
 
        Para alcançar seu objetivo de traçar o perfil dos magistrados e dos servidores do Poder Judiciário, o Censo buscou conhecer quem são e o que pensam, identificar os níveis de satisfação com as políticas institucionais das instituições em que trabalham e sobre o próprio CNJ, além de buscar, pela primeira vez, quais os níveis de motivação com a carreira, com a escolha profissional de trabalhar no Poder Judiciário.
        A individualização dos resultados do Censo vai permitir aos gestores do Judiciário comparar as respostas dos seus colegas de tribunal às opiniões e aos perfis de servidores e magistrados das demais cortes. A disposição dos resultados obedece a uma linguagem visual atraente, que permite visualizar de forma mais fácil a compilação das respostas.
        Para mais detalhes, acesse as informações completas no site do CNJ.
 
*Fonte: CJF, com informações do CNJ.
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