CNJ fomenta debate sobre Comunicação Institucional e Mídias Sociais*

Publicado em 28/02/2013

        Os desafios impostos pelas novas mídias sociais e a segurança na rede estiveram entre os principais temas discutidos durante o último dia do Encontro Nacional de Comunicação do Poder Judiciário, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e realizado nos dias 25 e 26 de fevereiro, no auditório do Conselho da Justiça Federal (CJF). Durante o evento, palestraram autoridades do poder Judiciário, além de especialistas da área de comunicação social e de tecnologia da informação.
        De acordo com o palestrante André Palis, gerente de contas do Google, os brasileiros passam hoje mais tempo navegando na internet que vendo televisão ou consultando outros tipos de mídia. Segundo ele, são 94,2 milhões de internautas, que, mesmo quando se interessam por um anúncio na TV, voltam ao computador para conferir as informações no site do anunciante.
        Nesse contexto, o analista de sistemas do CNJ, Raphael Carvalho, falou sobre segurança da informação, mais especificamente sobre segurança nas redes sociais. Em sua exposição, ele lembrou da grande interação que existe hoje entre o mundo virtual e o mundo real, citando como exemplos o E-Commerce, o Internet Banking, entre outras ferramentas digitais.
        Ao entrar na discussão sobre os desafios impostos pelas redes sociais, o analista de sistemas do CNJ lembrou que é preciso ter bastante cuidado com o que é compartilhado. “A rede social é o diário público da internet. É preciso pensar antes de escrever, uma vez que determinadas atitudes podem prejudicar a imagem da instituição”. Ele abordou ainda algumas formas de proteger a instituição contra usuários mal-intencionados; entre elas, a criação de um código de conduta para os seguidores da página da instituição, a necessidade de troca frequente de senhas, o investimento em treinamento e o cuidado com a imagem.
        Na opinião do palestrante Nelson Leoni, coordenador de mídias sociais da Agência Click Isobar, as instituições públicas precisam se preparar previamente para estar nas mídias sociais. Segundo ele, é importante que, no momento em que a instituição abrir um canal de interação, ela esteja pronta para dar as respostas e informações demandadas pelos internautas. “A entrada nas redes sociais tem de ser bem pensada, pois uma volta atrás pode ser desastrosa”, alertou.
        O cuidado com a própria imagem, segundo Leoni, é imprescindível, uma vez que tudo que é publicado nas mídias sociais pode ser entendido como a mensagem oficial da instituição sobre determinado tema. Por outro lado, ele lembrou que essa inserção pode trazer ganhos em termos de fortalecimento da imagem institucional. Ele citou ainda o poder e o alcance das redes sociais, mas lembrou que é necessário diferenciar-se. “Entregar o básico, o que todo mundo vê, não chama atenção. É preciso fazer diferente”, disse.
        Outro palestrante a abordar os desafios das redes sociais na atualidade foi o analista de comunicação do STJ Murilo Pinto, que apresentou o case do STJ no Facebook e demais redes sociais. Ao relatar a experiência exitosa do STJ em integrar-se às mídias sociais, Murilo observou que a possibilidade de ampliar a disseminação de informações de interesse público e a interação proporcionada são as grandes vantagens de se investir nessa plataforma. Ele lembrou ainda que o investimento é baixo e o retorno bastante positivo, como no caso do perfil do STJ no Facebook, que possui mais de 166 mil seguidores.
        Para Murilo Pinto, o cuidado com as imagens é fundamental, visto que elas possuem o poder de ampliar exponencialmente o número de leituras de determinadas informações ou notícias. Imagens casadas com textos não muito extensos são recursos interessantes, segundo ele, para a disseminação de informações. Um dos exemplos mais conhecidos do STJ foi a publicação da imagem do Seu Madruga, personagem do seriado Chaves, para divulgar o entendimento consolidado pela Corte sobre a responsabilidade dos fiadores no caso de não pagamento de aluguel. O post obteve 33 mil visualizações, 3.600 compartilhamentos e grande repercussão na imprensa.
 
*Fonte: Assessoria de Imprensa do CNJ
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