Combate à Corrupção: conselheiros do CNJ participam de fórum no TRF2
Publicado em 18/12/2013
O desembargador federal Guilherme Calmon, que integra a composição da Corte e é o atual diretor da Emarf, declarou, na abertura do fórum, que, como magistrado, sempre se preocupou em privilegiar a qualidade das decisões judiciais, mesmo que perseguir esse objetivo signifique algum prejuízo aos números nas estatísticas de produção judicial. Mas o magistrado defendeu a razoabilidade das metas firmadas entre o Conselho e os tribunais brasileiros, destacando que elas espelham a busca pela profissionalização institucional e por responder às expectativas da sociedade: “A Justiça Federal, em especial, tem obtido avanços significativos na gestão de pessoas e de processos. Contudo, não basta chegar onde queremos. Precisamos monitorar e aperfeiçoar o trabalho diuturnamente e, acima de tudo, precisamos dar conhecimento público da nossa atuação, garantindo, assim, mais acessibilidade, transparência e compromisso com os assuntos que estão na ordem do dia”.
No entendimento do presidente do TRF2, desembargador federal Sergio Schwaitzer, as metas do Judiciário são, sim, realistas. E isso se deve, em grande parte, à integração que o CNJ vem promovendo com os tribunais, que participam ativa e democraticamente da definição das estratégias que norteiam as ações da instituição. Ele abriu a mesa de abertura do debate sobre a Meta 18, da qual participou, também, o promotor e conselheiro do CNJ Gilberto Valente. Na opinião de Sergio Schwaitzer, também vale destacar a política mais ou menos recente relacionada ao estabelecimento de balizas específicas para os diferentes ramos do Judiciário, em vez de apenas metas unificadas: “Os Encontros Nacionais do Judiciário, bem como as suas reuniões preparatórias, constituem-se em fóruns importantes para os gestores do Judiciário e fomentam uma troca de experiências e pensamentos que têm acarretado o próprio realinhamento das metas, que, sendo particulares aos distintos ramos do Judiciário, tornam-se mais efetivas e exequíveis”, afirmou.
O Fórum Meta 18 – combate à corrupção prossegue na tarde do dia 18/12, com palestras sobre “a realidade da Meta 18 no âmbito do TRF2 e da Vara Federal Monitorada” e sobre “a ação de improbidade – dificuldades do rito, a jurisprudência e o que pode mudar”.
A Meta 18
Os presidentes dos 91 tribunais do país, junto com o CNJ, firmaram 19 metas para serem alcançadas pelo Judiciário em 2013. Elas são resultado de encontros nacionais realizados em 2011, em Porto Alegre, e em 2012, em Aracaju. A Meta 18 se destina às Justiças Federal e Estadual e ao Superior Tribunal de Justiça e consiste em “identificar e julgar, até 31/12/2013, as ações de improbidade administrativa e ações penais relacionadas a crimes contra a administração pública, distribuídas até 31/12/2011”.
O CNJ realizou, nos dias 18 e 19 de novembro deste ano, o VII Encontro Nacional do Poder Judiciário, em Belém. No evento, foram estabelecidas as ações prioritárias da Justiça para 2014 e o Planejamento Estratégico Nacional para o período 2015/2020.