Direção da Seção Judiciária do Rio de Janeiro é empossada

Publicado em 12/04/2011

         “Há homens que lutam um dia, e são bons;  há outros que lutam um ano, e são melhores; há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons; porém há os que lutam toda a vida: estes são os imprescindíveis”. Foi com a citação ao poeta e dramaturgo alemão Bertold Brecht que o juiz federal Marcelo Leonardo Tavares fechou seu breve discurso, proferido no dia 12 de abril, durante a solenidade em que tomou posse como diretor da Seção Judiciária do Rio de Janeiro (SJRJ) para o biênio 2011/2013. Com a referência, o magistrado homenageou seus colegas e os servidores, que, na maioria das vezes, dedicam-se à instituição até o fim da carreira no serviço público, “sem outra recompensa que não seja a certeza do dever cumprido e a consciência tranquila”.
         Ditas por um juiz que ingressou no Judiciário como servidor, em 1995, as palavras tem um significado especial. Ainda em seu discurso, Marcelo Tavares afirmou que a Justiça Federal da 2a Região deve consolidar as conquistas angariadas nos últimos anos. Ele lembrou que a instituição passou por um necessário processo de expansão para o interior, a fim de garantir aos cidadãos das regiões afastadas dos grandes centros urbanos – principalmente os mais carentes – o acesso aos seus serviços. Agora, ressaltou, é hora “de investir na melhoria dos meios que já possuímos, assegurando à população prestação jurisdicional de qualidade e efetiva”, bem como “de assegurar a juízes e servidores condições de trabalho e ambientes adequados ao melhor desempenho das suas atividades”.
         É por conta disso que, afirmou, é importante cuidar do problema da carência de funcionários que a Seção Judiciária enfrenta, além de adiantar o cronograma de reformas ou até de construção das sedes da Justiça Federal em locais estratégicos, como os municípios de Niterói, Magé, Barra do Piraí e São João de Meriti, todos na região metropolitana da capital fluminense. Ainda, o novo diretor da primeira instância do Rio de Janeiro defendeu que a Justiça Federal se empenhe para “estreitar laços e construir pontes que a aproximem de outras instituições do Poder Público”, a fim de ampliar e aperfeiçoar a assistência  prestada aos jurisdicionados.
        A solenidade de posse, realizada no auditório da SJRJ, no centro do Rio, foi conduzida pela presidente do TRF2, desembargadora federal Maria Helena Cisne, e contou com a presença de autoridades civis e militares, como o desembargador federal Guilherme Calmon e o diretor da Seção Judiciária do Espírito Santo, juiz federal Fernando Mattos. Na ocasião, também tomou posse como vice-diretora da Seção Judiciária a juíza federal Paula Patricia Provedel Mello Nogueira, que, curiosamente, também ingressou na Justiça Federal como servidora, em 1989, tendo passado a atuar como juíza federal em 1998, após ser aprovada em concurso público para o cargo em 1998.
Fernando Mattos, Maria Helena Cisne, Marcelo Leonardo Tavares e Paula Patrícia Nogueira
Fernando Mattos, Maria Helena Cisne, Marcelo Leonardo Tavares e Paula Patrícia Nogueira
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