Em fevereiro, programação do CCJF oferece música, teatro, exposições e cinema*

Publicado em 31/01/2024

Para os foliões de plantão, fevereiro é o melhor mês do ano. É época de tirar a fantasia do armário e aproveitar o carnaval. Mas, fora do calendário tradicional desta grande festa brasileira, também é possível aproveitar uma programação cultural completa e de qualidade. Prova disso, são as atrações que estarão no Centro Cultural Justiça Federal (CCJF) neste mês. Um dos destaques é a realização da peça Eu Amarelo, que junto com dois outros espetáculos teatrais e uma oficina — mais detalhes destes eventos no site do CCJF ou na programação mensal do próximo mês —, compõe a Mostra Mulheres da Palavra, no âmbito do VII Encontro Mulher Poder e Democracia, evento institucional a ser realizado durante o mês de março, em homenagem ao Mês da Mulher.

A exposição coletiva Poéticas do Agora: Mostra Edital Casa Europa que inaugurou no dia 27 de janeiro e fica no CCJF até dia 31 de março é outro programa que precisa fazer parte do roteiro de quem aprecia cultura & arte. A mostra reúne obras de 19 artistas fluminenses, entre eles os artistas visuais selecionados pelo edital Residência Casa Europa: Guilhermina Augusti, Loren Minzú e Tainan Cabral. A exposição, cuja curadoria é de Evandro Salles, do CCJF, é resultado da cooperação franco-alemã “Juntes na Cultura”, realizada em 2023 e que contou com mais de 200 inscrições. O projeto é fruto da parceria entre o Goethe-Institut, a Embaixada da França no Brasil e o CCJF. Além dos residentes, outros trabalhos de diferentes artistas, incluindo máscaras produzidas pela artista francesa Marie Hego, que reside no Rio e atua como carnavalesca, farão parte da mostra que está imperdível.

Também compõem a programação de fevereiro atrações ligadas à música, teatro, cinema, visitas orientadas e aulas práticas. A maioria continua sendo oferecida gratuitamente ou a preços populares.

Confira a programação completa abaixo ou pelo site do CCJF: http://www10.trf2.jus.br/ccjf/

Centro Cultural Justiça Federal – CCJF
Endereço: Avenida Rio Branco nº 241 – Centro, Rio de Janeiro, RJ.
Telefone: +55 21 3261-2550
Horário de funcionamento: de terça a domingo das 11h às 19h.

MÚSICA

O incrível encontro entre Mim, Eu Mesma e Cada um que me compõe

Adriana Piccolo apresenta uma colagem de músicas, poesias e recortes, assinados por autores brasileiros, portugueses e ingleses, além de depoimentos da artista, abordando reflexões pessoais, existenciais, sociais e filosóficas.

Em uma hora de conversa e canto, costurada pelo piano do diretor musical Fernando Moura e a direção sensível de Ernesto Piccolo, Adriana Piccolo apresenta, ora falando, ora cantando, algumas pérolas que encontrou em seu baú de memórias musicais e afetivas, como “Samba e Amor” (Chico Buarque), “Paciência” (Lenine), “Magrelinha” (Luiz Melodia), “Casa no Campo” (Zé Rodrix), “Sei lá Mangueira” (Paulinho da Viola), “Passagem das Horas” (Fernando Pessoa), entre outras obras.

Data: 27, 28 e 29/2 (de terça à quinta-feira)
Horário: 19h
Classificação indicativa: livre
Valor: R$50,00 (inteira) e R$25,00 (meia-entrada)
Local: Teatro

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TEATRO

Felicidade à Venda

Uma família aparentemente feliz, composta por pai, mãe e filha, há anos sobrevive de palestras motivacionais, promovendo a ideia de que a felicidade pode estar ao alcance do seu bolso. Eles estão em turnê e acabam de chegar à cidade para compartilhar e, claro, vender seu método. Convidamos o público para participar ativamente da discussão, utilizando o poder da relação entre plateia e artista para questionar de forma franca a existência do sucesso e da felicidade como produtos na era digital.

No elenco, Dora de Assis, Lucília de Assis e Alexandre DaCosta.

Período: 2, 3 e 4/2/24 (sexta à domingo)
Horário: às 19h (sextas e sábados) e às 18h (domingos)
Classificação indicativa: 12 anos
Valor: R$50,00 (inteira) e R$25,00 (meia-entrada)
Ingressos: Sympla
Local: Teatro

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Re-Acordar

Em 1967, um grupo de estudantes universitários e secundaristas fundou o Teatro Universitário Carioca e, sob a égide de Amir Haddad, montou a peça O Coronel de Macambira, do poeta Joaquim Cardozo, com músicas originais de Sergio Ricardo. Com o advento do AI-5, o TUCA se desfez, com parte de seus membros perseguidos, presos, forçados ao exílio. Há alguns anos, membros do grupo original se reencontraram e, ainda sob a égide de Amir Haddad, decidiram falar desse tempo.

A partir de cenas de O Coronel de Macambira, poemas de Marta Klagsbrunn e músicas de Sérgio Ricardo, Re-Acordar conta a história de seu elenco, história que atravessa os anos da ditadura, as prisões e os exílios. E conta como esse elenco chegou ao hoje, vive o hoje, e se projeta no futuro.

Direção e dramaturgia: Amir Haddad

Período: 7/2 (quarta-feira)
Horário: às 18h30
Classificação indicativa: livre
Valor: R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada)
Local: Teatro

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Ponto ZERO

O espetáculo Ponto ZERO traz uma concepção cênica a partir de textos que envolvem o processo antes da criação, o “ponto zero” da partida, aquele momento que vem antes da ideia: nossas vivências.

Direção: Débora Lamm
Dramaturgia: Dora de Assis

Período: 6/2 (terça-feira)
Horário: às 19h
Classificação indicativa: 12 anos
Valor: R$50,00 (inteira) e R$25,00 (meia-entrada)
Local: Teatro

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MOSTRA MULHERES DA PALAVRA

Eu Amarelo

A partir da obra de Carolina Maria de Jesus, na peça teatral, a atriz Cyda Moreno, que dá voz à Carolina cita que “das entranhas de suas múltiplas misérias, e de seus múltiplos talentos; da sua fome de comida, de espaço, de justiça, de igualdade e de democracia, Carolina extraiu poesia e lirismo para fazer ressoar as misérias do povo da favela. Sua literatura repleta de erros de grafia, é peculiar, recheada de palavras rebuscadas e profundas que refletem as inúmeras fomes do nosso povo por espaço, dignidade, reconhecimento, oportunidades e respeito a nossa identidade. Suas obras evidenciam que o racismo é cíclico e híbrido. Já estamos em outro século. Mas milhares de ‘Carolinas’ ainda se encontram à margem da sociedade, nas periferias, nos subempregos, debaixo dos viadutos, nos presídios, nos hospícios e na luta diária para vencer a fome. Por isto sua voz não se cala. E ela vive. Os ‘quartos de despejo’ triplicaram. O Brasil precisa conhecer a força de Carolina e a sua realeza”.

O espetáculo faz parte do VII Encontro Mulher Poder e Democracia.

Datas: 23, 24 e 25/2 (sexta a domingo)
Horário: às 19h
Classificação indicativa: 12 anos
Valor: R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia- entrada)
Local: Teatro

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EXPOSIÇÃO

Aleitamento

Em Aleitamento, a aproximação da maternidade com a criação artística toma a forma de um ato crítico e provocador à narrativa oficial fixada nos manuais. Trata-se de diluir e desenrijecer as palavras de ordem de tais construções visuais e discursivas. O gesto, por certo, não sexualiza, mas tampouco espiritualiza ou idealiza o gesto de amamentação. Na performance, o derramamento de leite se converte em arma de combate.

Artista: Adriana Granado

Período de visitação: até 17/3/2024 (terça a domingo)
Horário: das 11h às 19h
Classificação indicativa: livre
Valor: gratuito
Local: Galeria da Cela – térreo do CCJF

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Poéticas do Agora – Mostra Edital Casa Europa

Reunindo diferentes linguagens, que vão dos procedimentos tradicionais como a pintura às práticas contemporâneas da vídeo-arte e instalação, a mostra coletiva “Poéticas do Agora”, fruto da 1ª edição da Residência Casa Europa, traz um recorte do pensamento estético contemporâneo bem como das questões sociais, políticas e culturais do Brasil atual.

Como parte da cooperação franco-alemã “Juntes na Cultura”, o Goethe-Institut e a Embaixada da França no Brasil, em parceria com o Centro Cultural Justiça Federal, abriram estúdios de artes visuais na Casa Europa, no Rio de Janeiro, em setembro de 2023, para a realização da residência.

O público poderá conferir as obras que materializam a vivência de aproximadamente três meses dos artistas visuais selecionados pelo edital Residência Casa Europa: Guilhermina Augusti, Loren Minzú e Tainan Cabral. O trio, selecionado pelo júri formado pelos curadores Evandro Salles, César Oiticica Filho e Sinara Rúbia, participou da iniciativa realizada em 2023, que teve mais de 200 inscrições. Complementam a mostra obras de artistas selecionados entre os inscritos pelo curador Evandro Salles: Alberto Pereira, Anderson Felipe, Bianca Madruga, Bruno Lyfe, Bruno Magliari, Frank Baniwa, Jonas Esteves, Jônatas Moreira, Luanda, Marie Hego, Rafael Amorim, Regina Pessoa, Sara Mosli, Saulo Martins, Taf e Vinícius Carvas.

Curadoria: Evandro Salles

Período de visitação: até 31/3/2024 (terça a domingo)
Horário: das 11h às 19h
Classificação indicativa: livre
Valor: gratuito
Local: Galerias do 1º andar

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DOCUMENTÁRIO

Pré-estreia do documentário Quer que eu saia?

O documentário Quer que eu saia?(duração 58 min) investiga e traz para discussão os efeitos reais e simbólicos das atuais formas de geração e reprodução de uma arquitetura violenta, aporofóbica (rejeição ou aversão aos pobres) e orientada à limpeza humana.

O filme observa em quais locais (e de que forma) esses tipos de artifícios e processos de mudanças urbanas são implantados para o fechamento de vãos e espaços com o objetivo de expulsar todos os que, sem teto, se instalam nas ruas.

Data: 29/2 (quinta-feira)
Horário: 17h
Classificação indicativa: livre
Valor: gratuito
Local: Cinema

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AULAS PRÁTICAS

Artes Corporais Chinesas para a Saúde e Vitalidade

Aulas regulares de artes corporais chinesas para a saúde e a vitalidade, com o objetivo de criar novos hábitos e, ao mesmo tempo, fortalecer o corpo como um todo, inclusive os órgãos internos, através da circulação do sopro, ou energia vital, com as práticas de Qigong e Lian Gong em 18 Terapias.

Data: às terças e quintas-feiras
Horário: das 12h às 13h
Público-alvo: adultos e pessoas da terceira idade.
Professora: Fádua Gustin dedica-se ao estudo e ensino das artes corporais chinesas para a saúde desde 1991 (Lian Gong em 18 Terapias, Qigong para a saúde, Tai Chi Pai Lin, Taiji Quan) . É instrutora e árbitra autorizada de Lian Gong em 18 Terapias pela Shanghai Municipal Lian Gong Shi Ba Fa Association, República Popular da China.
Local: Sala de cursos
Valor: R$220,00 por mês
Inscrições: faduagustin@gmail.com

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VISITA ORIENTADA

Visita orientada ao CCJF – Da Justiça à Arte

A visita conta a história do prédio, desde a construção até os dias atuais. Projetado pelo arquiteto Adolpho Morales de Los Rios para ser originalmente o Palácio Arquiepiscopal, o edifício — exemplar da arquitetura eclética — abrigou o Supremo Tribunal Federal de 1909 a 1960. Atualmente, é um dos poucos remanescentes da reformulação da cidade do Rio de Janeiro, ocorrida no início do século XX.

Data: a ser agendada pelo endereço visitas.ccjf@trf2.jus.br
Horário: a combinar
Público-alvo: público em geral.
Valor: gratuito

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*Fonte: CCJF

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