Presidente do TRF2 abre solenidade de repasse de R$ 250 milhões recuperados de esquema de corrupção afirmando que evento marca momento “histórico e simbólico”

Publicado em 21/03/2017

O presidente do TRF2, desembargador federal Poul Erik Dyrlund, conduziu, na terça-feira, 21 de março, cerimônia em que foi assinado termo de entrega de R$ 250 milhões recuperados no curso do processo que apura o esquema de desvio de recursos do Estado do Rio de Janeiro, envolvendo o ex-governador Sergio Cabral. Ao abrir o evento, Poul Erik Dyrlund qualificou-o como um momento “histórico e simbólico para a sociedade brasileira”.

A solenidade, realizada na sede do TRF2, ocorreu após decisão da Sétima Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que destinou os valores para o pagamento do 13º salário de 2016 de cerca de 147 mil aposentados e pensionistas do Estado.

Além do presidente Poul Erik, a mesa da solenidade foi composta pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelo procurador-geral do Estado do Rio de Janeiro, Leonardo Espíndola, que representou o governador Luiz Fernando Pezão, pelo procurador-chefe da Procuradoria Regional da República na Segunda Região, José Augusto Vagos, pelo coordenador da Força-Tarefa da Lava-Jato no Rio de Janeiro, procurador Leonardo Cardoso de Freitas, pelo superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Jairo Souza da Silva, e pela superintendente regional substituta da Receita Federal no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, Denise Estevez Fernandez.

Após a abertura, Poul Erik Dyrlund passou a palavra a Leonardo Cardoso de Freitas, que destacou o protagonismo da Polícia Federal, do próprio Ministério Público Federal e da Justiça Federal, que têm trabalhado de forma afinada nas ações da Lava-Jato e nas operações derivadas dela: “Muito me honra integrar esse grupo”, afirmou. Ele comentou, ainda, “a presteza e prontidão com que o TRF2 julga os recursos que lhe são apresentados”.

Em seguida, Leonardo Espíndola ressaltou que os recursos cuja transferência foi formalizada na cerimônia ajudarão o Rio de Janeiro a “superar os tempos difíceis que vivemos”.

A última fala ficou a cargo de Rodrigo Janot, que chamou a atenção para “a sensibilidade” da Justiça federal, demonstrada com a ordem que dirigiu os recursos para o pagamento de aposentados e pensionistas: “O Rio incorpora o que há de melhor na sociedade brasileira e esse Estado dobrou o joelho e quando o Rio dobra o joelho, o Brasil dobra o joelho. Isso é muito grave”, afirmou o procurador-geral da República, referindo-se à “crise política, financeira e moral” por que passa o Estado.

 Jairo Souza da Silva assina o termo após Rodrigo Janot, Poul Erik Dyrlund e Leonardo Espíndola

Jairo Souza da Silva assina o termo após Rodrigo Janot, Poul Erik Dyrlund e Leonardo Espíndola
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