Presidente e desembargador do TRF2 marcam presença no aniversário de 89 anos do Tribunal Marítimo

Publicado em 05/07/2023

O presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) desembargador federal Guilherme Calmon Nogueira da Gama, prestigiou na manhã desta quarta-feira, 5/7, a solenidade em comemoração ao aniversário do Tribunal Marítimo, no Rio de Janeiro. A cerimônia foi conduzida pelo presidente do órgão que comemora o jubileu de 89 anos, vice-almirante Ralph Dias da Silveira Costa. Dentre as autoridades presentes, o evento contou ainda com a participação do desembargador federal Alcides Martins, da 5ª Turma Especializada do TRF2.

 

Foto posada de Guilherme Calmon, Ralph Dias da Silveira Costa, Alcides Martins, almirante de esquadra Flávio Augusto Viana Rocha e juiz Fernando Alves Ladeiras.
A partir da esquerda: Guilherme Calmon, Ralph Dias da Silveira Costa, Alcides Martins, almirante de esquadra Flávio Augusto Viana Rocha e juiz Fernando Alves Ladeiras

 

A data é celebrada a partir do Decreto nº 24.585, de 5 de julho de 1934, que aprovou o Regulamento do Tribunal Marítimo. O documento extinguiu a divisão do território nacional em circunscrições marítimas, decretando a existência de apenas um órgão julgador, com sede na capital fluminense, então capital federal.

O Tribunal Marítimo é uma corte administrativa, com competência para julgar os acidentes e fatos da navegação e manter o registro geral das propriedades navais, das hipotecas e ônus sobre embarcações brasileiras e dos armadores de navios do país.

Em seu discurso, o vice-almirante Ralph Costa agradeceu pela parceria e apoio do TRF2 na solução de casos judicializados, envolvendo questões navais. Um dos casos emblemáticos citados esteve na fala seguinte, do juiz Julio Cesar Silva Neves, que lembrou a questão do navio pesqueiro Shangri-lá, afundado há exatos 80 anos , durante a Segunda Guerra Mundial, pelo submarino alemão U-199, A ocorrência se deu próximo ao litoral de Cabo Frio.

Inicialmente, o incidente foi classificado como naufrágio sem causa determinada, mas, em 1999, o Tribunal Marítimo, com provas reunidas pelo historiador Elísio Gomes Filho, reabriu o processo e, em 2001, concluiu que o barco havia sido vítima de ação da marinha nazista. Por conta das novas evidências, familiares dos pescadores mortos ajuizaram ações julgadas em primeiro e segundo graus pela Justiça Federal da 2ª Região.

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