Procurador Daniel Sarmento participa de evento na Justiça Federal*

Publicado em 05/03/2012

*Núcelo de Comunicação Social/ SJRJ
 
         O Procurador Regional da República e Professor de Direito Constitucional da UERJ, Daniel Sarmento,  participou da solenidade de abertura das  ações de capacitação da Justiça Federal em 2012, ministrando aula inaugural sobre a “Judicialização da Política, Democracia e Direitos Fundamentais”. 
         O evento aconteceu no dia 01 de março, no auditório Foro da Av. Rio Branco.  Além de magistrados e servidores, estavam presente à solenidade, o Diretor do Foro, Juiz Federal Marcelo Leonardo Tavares, o Vice-Presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Desembargador Federal Raldênio Bonifácio Costa, e o Juiz Federal Supervisor da área de capacitação e desenvolvimento, Dr. Rodrigo Gaspar de Mello.
         Daniel Sarmento chamou atenção para o espaço político ocupado pelo Supremo Tribunal Federal ao tratar de temas polêmicos como aborto, união estável entre pessoas do mesmo sexo, legalização do uso da maconha e intervenção do Judiciário na política. O Procurador disse que a classe política ainda está se acostumado a esse novo papel do STF.
         Para Sarmento, a Justiça está mais ativa em relação aos órgãos administrativos. “Às vezes, o Judiciário precisa ser mais ativo ou mais contido em sua atuação. Há uma tensão entre Judiciário e Democracia, quando, muitas vezes, os juízes e ministros do Supremo invalidam decisões de membros eleitos pela população”, explicou.
         O Procurador também ressaltou que a Justiça precisa ser ativa em situações onde minorias vulneráveis e estigmatizadas, como a população carcerária, deixam de ter direitos garantidos por conta da arbitrariedade de uma maioria. A ação da Justiça também é importante quando existe a necessidade de proteção dos direitos fundamentais básicos, como a liberdade de expressão.
         “O julgamento da questão relativa à permissão ou não da realização da passeata da legalização da maconha é um exemplo de quando a Justiça deve ser ativa. Se um tema é polêmico, não há como proibir que uma das parcelas da população expresse sua opinião”, disse.
         Ainda de acordo com o procurador, por conta da ação independente do Judiciário, e do conhecimento do que é o Direito, a população tem cada vez mais procurado a intervenção da Justiça na solução de seus problemas. “Hoje, as pessoas não tem mais medo de provocar o Judiciário como tinha no passado”, afirmou.
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