TRF2 comemora resultados parciais da participação na Semana Nacional de Conciliação – 2013

Publicado em 05/12/2013

         Com a programação da Semana Nacional de Conciliação entrando na reta final, o TRF2 já comemora o êxito das atividades que programou para o evento: até agora, só no Rio de Janeiro, a Justiça Federal da Segunda Região (que inclui o Espírito Santo) realizou 872 audiências visando à solução consensual em processos que envolvem a Caixa Econômica Federal, o INSS e a União. Do total, 409 audiências (47%) terminaram em acordo.
          Mas para o Tribunal, mais importante que a soma dos números na estatística é a participação em cada caso concreto que a conciliação resolve. O  juiz federal Carlos Gustavo Chada, um dos que têm presidido as audiências de conciliação na Justiça Federal carioca, considera a atividade gratificante: “Nós deixamos de ter uma visão estritamente objetiva do processo e ficamos mais sensibilizados com as questões humanas que o cercam. Ficamos felizes com a felicidade do jurisdicionado. Compartilhamos uma alegria comum”, declarou.
         Um exemplo que ilustra a fala do magistrado é o de Maria das Graças, aposentada do INSS, e de seu marido, Paulo César Souto. Eles foram à audiência para tentar um acordo referente a um imóvel adquirido através de financiamento pela Caixa, no bairro do Andaraí, zona norte carioca, no final dos anos 1980.  Com as taxas de inflação da época, muito altas, e os sucessivos planos econômicos e o achatamento salarial, ficou impossível para o casal continuar a pagar as prestações, o que fez com que eles buscassem a Justiça.
          Em 2007 foi declarado o perdimento do apartamento. Mas na conciliação  eles conseguiram um acordo que lhes garantiu uma nova carta de crédito e o refinanciamento da dívida. Para Paulo, que é vigia, foi um alívio finalmente resolver esse problema: “Estamos muito felizes com o acordo. Fomos muito bem tratados, todos foram muito atenciosos, a juíza, o pessoal da Caixa. Conseguimos ganhar a batalha, não a guerra. Vamos ganhar a guerra quando terminarmos de pagar tudo”, concluiu, feliz, após sua esposa assinar o contrato.
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