TRF2 instala sala-cofre para garantir segurança de dados de processos judiciais e documentos administrativos

Publicado em 23/07/2012

              Com a chegada do processo judicial eletrônico, e, por conseguinte, com a aproximação do fim dos processos em papel, a guarda dos autos judiciais tem exigido atenção especial na Justiça Federal da Segunda Região. Atualmente, só na Seção Judiciária do Rio de Janeiro, existem cerca de 950 mil processos eletrônicos, com aproximadamente 22,2 milhões de peças processuais digitais. Não é difícil imaginar o tamanho do prejuízo para a população que representaria a perda dessas informações.
                É por conta disso que o TRF2 está investindo na instalação de uma sala-cofre, que deverá estar operando  até outubro deste ano. O espaço garantirá condições mais adequadas e muito mais segurança para o armazenamento e funcionamento do centro de processamento de dados que contém todas as informações administrativas e judiciais do órgão e da primeira instância da Justiça Federal do Rio de Janeiro.
                O projeto da sala-cofre  surgiu a partir de um relatório elaborado há aproximadamente três anos pela Secretaria de Tecnologia e Segurança da Informação (STI). O antigo datacenter – como o pessoal técnico costuma se referir ao espaço que abriga os equipamentos que compõem o centro de processamento das informações digitais – acabou ficando incompatível com a crescente informatização e aumento da demanda do Tribunal, necessitando assim, ganhar um novo ambiente.
                De fato, o risco para dados gerados e arquivados existe e não é desprezível. Tanto o TRF2, quanto a Seção Judiciária do Rio de Janeiro já sofreram incidentes. Um alagamento e um princípio de incêndio, que não tiveram consequências graves, sinalizaram a importância de investir na melhoria da estrutura. Nos recintos que hoje abrigam o datacenter do TRF2 podem ser detectados vários problemas, como o pé direito muito baixo para as máquinas existentes, piso e cabeamento impróprios e pouco espaço para ampliação. Ainda, o sistema de ar-condicionado que não foi  dimensionado para atender  a demanda exige a ligação de vários aparelhos simultaneamente, a fim de garantir a constância da temperatura para os computadores. Devido a isso, o Tribunal gasta mais energia que o necessário, sem obter o resultado ideal de refrigeração.
               As novas instalações do datacenter terão custo aproximado de sete milhões de reais  e irão ocupar um espaço físico de 62 metros quadrados. O projeto foi desenvolvido pela única empresa cujas salas-cofre são  certificadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), de acordo com normas editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas  (ABNT). Entre as ameaças que a unidade que está sendo montada no TRF2 deve barrar estão fogo, calor, fumaça, gases corrosivos, água, vazamentos, acesso indevido, roubo, furto, escombros, explosão, poeira, armas de fogo e pulsos eletromagnéticos. Além disso, ela é modular, podendo ser deslocada no caso de futura mudança de endereço, sem qualquer prejuízo das informações nela contidas.
 
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